
Categoria: Artigos
Data: 14/03/2023
A SALVAÇÃO COMO UMA OBRA DA TRINDADE SANTA
EFESIOAS 1:3-14
UMA PERGUNTA QUE NÃO QUER CALAR - O que devo fazer para que seja salvo? - Esta é uma pergunta que tem sido feita por muitas pessoas, muitos acreditam que fazer sacrifícios, penitências, cumprir rituais religiosos e outras coisas do gênero poderão garantir a salvação. Mateus 19:16-17 – Eis que alguém se aproximou de Jesus e lhe perguntou: “Mestre, que farei de bom para ter a vida eterna?”. Esta também foi a pergunta do carcereiro que tomava conta de Paulo e Silas, Atos 16:19-32
Uma das percepções mais importantes da teologia Reformada é a unidade das obras da Trindade. Calvinistas creem que Deus o Pai, Deus o Filho e Deus o Espírito Santo estão unidos na obra de redimir a humanidade perdida. Não cremos que eles ajam um contra o outro, ou mesmo um sobre o outro, mas um com o outro em nossa salvação. Por exemplo, Jesus não morreu para convencer o Pai a mudar sua atitude para conosco, de inimizade a amor. Antes, Jesus morreu na cruz por causa do amor do Pai por nós, como João 3.16: diz: “Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”. O Pai e o Filho estão unidos em sua obra pela salvação daqueles que creem: o Pai elegendo e enviando o seu Filho; o Filho expiando pelos pecados daqueles escolhidos e dados a ele pelo Pai (João 6.37-40). A mesma harmonia existe entre o Filho e o Espírito. Jesus não morreu pelos pecados de todas as pessoas, ao passo que o Espírito Santo aplica os benefícios de sua obra meramente a alguns. Antes, o Espírito Santo regenera precisamente as pessoas por quem Jesus ofereceu sua obra expiatória, de forma que a obra da segunda e terceira pessoas da Trindade se harmoniza perfeitamente.
I - A SALVAÇÃO COMO OBRA DO PAI
Primeiro é dito que Deus Pai “nos tem abençoado com toda sorte de bênção espiritual”. Toda e cada bênção que nos é dada vêm das mãos de Deus. A ideia que o texto traz é que não existe nada de bom que possa nos abençoar à parte do Pai. Outro ponto interessante é observar o termo “em Cristo”. Cristo vai permear esta lição, demonstrando que nada feito em nosso lavor é na realidade nosso mérito. Deus nos deu e derramou tamanhas graças unicamente porque Cristo é o nosso intercessor e mediador (Hb 7.22;8.6;9.15; 12.24; !Tm2.5); Jesus é o nosso representante diante do Pai.
A primeira que Paulo também afirma aos efésios que o Pai nos “escolheu (...) antes da fundação do inundo (...) e em amor nos predestinou para ele” (Ef 1.4-5). Não fomos nós que escolhemos a Deus, não fomos nós que decidimos que Deus era o melhor para nós, foi Deus quem nos escolheu. Jesus certa vez disse aos apóstolos, “não fostes vós que me escolhestes, mas eu vos escolhi a vós outros”. Não é maravilhoso pensar que fomos objetos dessa escolha divina? Porém, não devemos imaginar que fomos escolhidos por algum mérito de nossa parte. Basta considerarmos dois aspectos dessa escolha para percebermos que temos motivos para louvor, não para orgulho. Dizer que fomos escolhidos e predestinados sem fazer referência às nossas obras (Rm 9.11-13) é um ultraje para os que desejam ardentemente confiar em si mesmos — o homem natural caído em pecado. O propósito da eleição foi estabelecido de maneira muito clara: para sermos santos c irrepreensíveis perante ele (EI 1.4). Isso quer dizer que as Escrituras rechaçam veementemente a ideia de que algum eleito possa viver na prática do pecado (1 Jo 5.18).
Note o momento em que foi feita essa escolha: “antes da fundação do mundo”. Quando Deus te escolheu, você não tinha nascido ainda. Aliás, nem seu avô tinha nascido. Nem mesmo Adão existia. Pois a eleição foi feita por Deus na eternidade passada, antes do mundo ser criado. Sendo assim, você não foi escolhido por ter impressionado a Deus com algo que você fez. O fato da escolha divina ter sido feita na eternidade, tira de nós qualquer chance de orgulho por sermos eleitos. O motivo da nossa eleição está em Deus mesmo, e não em nós.
O versículo seis nos ensina o propósito do pai: “para o louvor da glória de sua graça”(Ef 1.6). O louvor da glória de Deus é o objetivo principal da salvação. Tudo vem acoplado e é dirigido por esse propósito. Deus enviou seu Filho para louvor da sua própria glória, antes mesmo do que pelo seu amor por nós. Quando compreendermos que Deus ama mais a manifestação da sua glória, estaremos mais próximos do ensino bíblico a respeito do seu Ser e das obras que ele realiza.
Fomos predestinados “para sermos filhos de adoção por Jesus Cristo”. Desde que fomos escolhidos na eternidade, também fomos predestinados a nos tornar filhos de Deus por Jesus Cristo. Eu queria que você entendesse uma coisa, nós não conquistamos um lugar à mesa da grande família de Deus. Nós somos incluídos ali porque Deus, desde a eternidade, decidiu isso, independente de nossos méritos. O poder de ser um filho de Deus é um poder concedido e não conquistado.
Também fomos predestinados “para si mesmo, segundo o beneplácito de sua vontade”. Fomos predestinados para o próprio Deus. Deus nos quer junto dEle e para se assegurar de que teria todos os que escolheu junto de Si por toda a eternidade, nos predestinou para Si mesmo. Jesus revelou esse desejo do coração do Pai quando disse “vou preparar-vos lugar e se eu for e vos preparar lugar, virei outra vez e vos levarei para mim mesmo, para que onde eu estiver, estejais vós também”. Deus tomou providências na eternidade para que nenhum de Seus filhos falte à mesa naquele dia!
II - A SALVAÇÃO COMO OBRA DO FILHO
Continuando a leitura de Efésios, vemos que o apóstolo Paulo enfatiza o papel do Filho em nossa salvação (Ef 1.7-12). Jesus Cristo é o verdadeiro Amado, ou seja. todos nós recebemos o amor de Deus por meio dele.
A obra do nosso Senhor fez com que obtivéssemos “...a redenção, pelo seu sangue, a remissão dos pecados” (Ef 1.7). Esse é o cerne da nossa salvação, que nos atinge diretamente. Embora a redenção efetuada por Cristo Jesus seja cósmica e abranja todo o universo (Ef 1.9-10), de modo particular ela é o derramamento abundante da graça de Deus sobre nós.
Jesus, "em quem temos a redenção”, veio, viveu uma vida santa e morreu em nosso lugar na cruz do calvário. Ao fazer isso, satisfez a justiça divina e nEle nós temos a redenção. Torna-se necessário enfatizar que é nEle e em ninguém mais que temos a redenção. Não existe um plano B, não existe outra forma de sermos reconciliados com Deus a não ser por Jesus Cristo. Fora dEle, não há salvação!
Pois é "pelo seu sangue” que somos redimidos. O nosso pecado custou um preço de sangue, o sangue de Jesus. Nenhum outro preço teria tanto valor. Nenhum outro preço é necessário. O sangue de Jesus não apenas é suficiente, mas é bastante, e qualquer outro sacrifício que pretendamos adicionar a ele soa aos ouvidos de Deus como blasfêmia.
Pelo sangue de Jesus temos a redenção “dos nossos delitos”. Somos redimidos de nossos pecados. Jesus cancelou a dívida que tínhamos para com Deus. Não restou mais nada para ser pago. Mas há outro aspecto que devemos considerar. Éramos escravos do pecado. Jesus nos redimiu, quer dizer, nos libertou do domínio do pecado. A morte de Jesus quebra as cadeias do pecado e nos liberta para servirmos a Deus!
O apóstolo também enfatiza que essa ação é “segundo a riqueza da sua graça” (Ef 1.7), dando-nos plena certeza de que tudo que está relacionado à salvação dos homens ocorre pela graça (Ef 2.8-10).
Conforme Efésios 1.11, Deus é o agente iniciador, mantenedor e concretizador do seu plano eterno e, rnais uma vez, a predestinação é colocada em evidência garantindo que a obra do Filho foi a realização da vontade do Pai.
Jesus não veio ao mundo porque clamamos por Ele, não viveu uma vida santa porque suplicamos a sua ajuda e nem morreu na cruz por reconhecer que merecíamos uma chance! Não, Ele veio apenas porque quis, foi movido por compaixão e graça e realizou a obra que o Pai havia lhe confiado porque estava determinado a nos salvar. Ele nos fez "conhecer o mistério da sua vontade segundo o seu beneplácito", o que singifica que foi sua boa vontade e não a nossa que levou à remissão de nossos pecados. Foi "com o fim de sermos para o louvor da sua glória" que "também fomos feitos herança". A nossa remissão, então, é pela graça e para a glória de Deus!
III – A OBRA DO ESPIRITO
Por fim, somos apresentados à obra realizada pelo Espírito Santo (Ef 1.13¬14). E uma realização do Espírito em nossa vida nos selar. A imagem é de uma propriedade particular chancelada pelo próprio Deus, pelo seu Espírito.
Deus está formando um povo para si, a igreja, composta de todos aqueles que foram alvos de sua graça durante a História. Esse povo, quando alcançado pelo Santo Espírito, é marcado para revelar essa obra maravilhosa por meio de sua santidade (Tt 2.14), e de sua proclamação (IPe 2.9-10).
Assim Paulo diz que o Espírito Santo "é o penhor da nossa herança", é a prova que temos de que o Senhor levará para a glória cada um que chamou para o evangelho. Se você creu no Senhor, deve descansar na certeza que Ele virá outra vez, para buscar a Sua igreja, que não te deixará para trás! Pois o Espírito Santo que habita em você aponta "para redenção da possessão de Deus". O transformar progressivo que o Espirito opera em sua vida irá se completar com certeza, pois você é propriedade de Deus!
O Espírito Santo, além de nos fazer propriedade do Senhor, é a garantia que temos da consumação da obra da salvação em nós, ou seja, aqueles que foram alcançados pela graça, tendo sido eleitos pelo Pai, resgatados pelo Filho e selados pelo Espírito, não podem perder a salvação. A salvação é uma obra de Deus em nós (Fp 1.6). Novamente, isso não nos leva ao pecado, ao contrário, nos afasta dele. O objetivo da obra do Espírito em nós também é muito claro: “em louvor da sua glória” (Ef 1.14). De novo, a glória de Deus é o alvo e o destaque. E por causa de sua glória que Deus operou poderosamente tão grande salvação.
EFESIOAS 1:3-14
UMA PERGUNTA QUE NÃO QUER CALAR - O que devo fazer para que seja salvo? - Esta é uma pergunta que tem sido feita por muitas pessoas, muitos acreditam que fazer sacrifícios, penitências, cumprir rituais religiosos e outras coisas do gênero poderão garantir a salvação. Mateus 19:16-17 – Eis que alguém se aproximou de Jesus e lhe perguntou: “Mestre, que farei de bom para ter a vida eterna?”. Esta também foi a pergunta do carcereiro que tomava conta de Paulo e Silas, Atos 16:19-32
Uma das percepções mais importantes da teologia Reformada é a unidade das obras da Trindade. Calvinistas creem que Deus o Pai, Deus o Filho e Deus o Espírito Santo estão unidos na obra de redimir a humanidade perdida. Não cremos que eles ajam um contra o outro, ou mesmo um sobre o outro, mas um com o outro em nossa salvação. Por exemplo, Jesus não morreu para convencer o Pai a mudar sua atitude para conosco, de inimizade a amor. Antes, Jesus morreu na cruz por causa do amor do Pai por nós, como João 3.16: diz: “Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”. O Pai e o Filho estão unidos em sua obra pela salvação daqueles que creem: o Pai elegendo e enviando o seu Filho; o Filho expiando pelos pecados daqueles escolhidos e dados a ele pelo Pai (João 6.37-40). A mesma harmonia existe entre o Filho e o Espírito. Jesus não morreu pelos pecados de todas as pessoas, ao passo que o Espírito Santo aplica os benefícios de sua obra meramente a alguns. Antes, o Espírito Santo regenera precisamente as pessoas por quem Jesus ofereceu sua obra expiatória, de forma que a obra da segunda e terceira pessoas da Trindade se harmoniza perfeitamente.
I - A SALVAÇÃO COMO OBRA DO PAI
Primeiro é dito que Deus Pai “nos tem abençoado com toda sorte de bênção espiritual”. Toda e cada bênção que nos é dada vêm das mãos de Deus. A ideia que o texto traz é que não existe nada de bom que possa nos abençoar à parte do Pai. Outro ponto interessante é observar o termo “em Cristo”. Cristo vai permear esta lição, demonstrando que nada feito em nosso lavor é na realidade nosso mérito. Deus nos deu e derramou tamanhas graças unicamente porque Cristo é o nosso intercessor e mediador (Hb 7.22;8.6;9.15; 12.24; !Tm2.5); Jesus é o nosso representante diante do Pai.
A primeira que Paulo também afirma aos efésios que o Pai nos “escolheu (...) antes da fundação do inundo (...) e em amor nos predestinou para ele” (Ef 1.4-5). Não fomos nós que escolhemos a Deus, não fomos nós que decidimos que Deus era o melhor para nós, foi Deus quem nos escolheu. Jesus certa vez disse aos apóstolos, “não fostes vós que me escolhestes, mas eu vos escolhi a vós outros”. Não é maravilhoso pensar que fomos objetos dessa escolha divina? Porém, não devemos imaginar que fomos escolhidos por algum mérito de nossa parte. Basta considerarmos dois aspectos dessa escolha para percebermos que temos motivos para louvor, não para orgulho. Dizer que fomos escolhidos e predestinados sem fazer referência às nossas obras (Rm 9.11-13) é um ultraje para os que desejam ardentemente confiar em si mesmos — o homem natural caído em pecado. O propósito da eleição foi estabelecido de maneira muito clara: para sermos santos c irrepreensíveis perante ele (EI 1.4). Isso quer dizer que as Escrituras rechaçam veementemente a ideia de que algum eleito possa viver na prática do pecado (1 Jo 5.18).
Note o momento em que foi feita essa escolha: “antes da fundação do mundo”. Quando Deus te escolheu, você não tinha nascido ainda. Aliás, nem seu avô tinha nascido. Nem mesmo Adão existia. Pois a eleição foi feita por Deus na eternidade passada, antes do mundo ser criado. Sendo assim, você não foi escolhido por ter impressionado a Deus com algo que você fez. O fato da escolha divina ter sido feita na eternidade, tira de nós qualquer chance de orgulho por sermos eleitos. O motivo da nossa eleição está em Deus mesmo, e não em nós.
O versículo seis nos ensina o propósito do pai: “para o louvor da glória de sua graça”(Ef 1.6). O louvor da glória de Deus é o objetivo principal da salvação. Tudo vem acoplado e é dirigido por esse propósito. Deus enviou seu Filho para louvor da sua própria glória, antes mesmo do que pelo seu amor por nós. Quando compreendermos que Deus ama mais a manifestação da sua glória, estaremos mais próximos do ensino bíblico a respeito do seu Ser e das obras que ele realiza.
Fomos predestinados “para sermos filhos de adoção por Jesus Cristo”. Desde que fomos escolhidos na eternidade, também fomos predestinados a nos tornar filhos de Deus por Jesus Cristo. Eu queria que você entendesse uma coisa, nós não conquistamos um lugar à mesa da grande família de Deus. Nós somos incluídos ali porque Deus, desde a eternidade, decidiu isso, independente de nossos méritos. O poder de ser um filho de Deus é um poder concedido e não conquistado.
Também fomos predestinados “para si mesmo, segundo o beneplácito de sua vontade”. Fomos predestinados para o próprio Deus. Deus nos quer junto dEle e para se assegurar de que teria todos os que escolheu junto de Si por toda a eternidade, nos predestinou para Si mesmo. Jesus revelou esse desejo do coração do Pai quando disse “vou preparar-vos lugar e se eu for e vos preparar lugar, virei outra vez e vos levarei para mim mesmo, para que onde eu estiver, estejais vós também”. Deus tomou providências na eternidade para que nenhum de Seus filhos falte à mesa naquele dia!
II - A SALVAÇÃO COMO OBRA DO FILHO
Continuando a leitura de Efésios, vemos que o apóstolo Paulo enfatiza o papel do Filho em nossa salvação (Ef 1.7-12). Jesus Cristo é o verdadeiro Amado, ou seja. todos nós recebemos o amor de Deus por meio dele.
A obra do nosso Senhor fez com que obtivéssemos “...a redenção, pelo seu sangue, a remissão dos pecados” (Ef 1.7). Esse é o cerne da nossa salvação, que nos atinge diretamente. Embora a redenção efetuada por Cristo Jesus seja cósmica e abranja todo o universo (Ef 1.9-10), de modo particular ela é o derramamento abundante da graça de Deus sobre nós.
Jesus, "em quem temos a redenção”, veio, viveu uma vida santa e morreu em nosso lugar na cruz do calvário. Ao fazer isso, satisfez a justiça divina e nEle nós temos a redenção. Torna-se necessário enfatizar que é nEle e em ninguém mais que temos a redenção. Não existe um plano B, não existe outra forma de sermos reconciliados com Deus a não ser por Jesus Cristo. Fora dEle, não há salvação!
Pois é "pelo seu sangue” que somos redimidos. O nosso pecado custou um preço de sangue, o sangue de Jesus. Nenhum outro preço teria tanto valor. Nenhum outro preço é necessário. O sangue de Jesus não apenas é suficiente, mas é bastante, e qualquer outro sacrifício que pretendamos adicionar a ele soa aos ouvidos de Deus como blasfêmia.
Pelo sangue de Jesus temos a redenção “dos nossos delitos”. Somos redimidos de nossos pecados. Jesus cancelou a dívida que tínhamos para com Deus. Não restou mais nada para ser pago. Mas há outro aspecto que devemos considerar. Éramos escravos do pecado. Jesus nos redimiu, quer dizer, nos libertou do domínio do pecado. A morte de Jesus quebra as cadeias do pecado e nos liberta para servirmos a Deus!
O apóstolo também enfatiza que essa ação é “segundo a riqueza da sua graça” (Ef 1.7), dando-nos plena certeza de que tudo que está relacionado à salvação dos homens ocorre pela graça (Ef 2.8-10).
Conforme Efésios 1.11, Deus é o agente iniciador, mantenedor e concretizador do seu plano eterno e, rnais uma vez, a predestinação é colocada em evidência garantindo que a obra do Filho foi a realização da vontade do Pai.
Jesus não veio ao mundo porque clamamos por Ele, não viveu uma vida santa porque suplicamos a sua ajuda e nem morreu na cruz por reconhecer que merecíamos uma chance! Não, Ele veio apenas porque quis, foi movido por compaixão e graça e realizou a obra que o Pai havia lhe confiado porque estava determinado a nos salvar. Ele nos fez "conhecer o mistério da sua vontade segundo o seu beneplácito", o que singifica que foi sua boa vontade e não a nossa que levou à remissão de nossos pecados. Foi "com o fim de sermos para o louvor da sua glória" que "também fomos feitos herança". A nossa remissão, então, é pela graça e para a glória de Deus!
III – A OBRA DO ESPIRITO
Por fim, somos apresentados à obra realizada pelo Espírito Santo (Ef 1.13¬14). E uma realização do Espírito em nossa vida nos selar. A imagem é de uma propriedade particular chancelada pelo próprio Deus, pelo seu Espírito.
Deus está formando um povo para si, a igreja, composta de todos aqueles que foram alvos de sua graça durante a História. Esse povo, quando alcançado pelo Santo Espírito, é marcado para revelar essa obra maravilhosa por meio de sua santidade (Tt 2.14), e de sua proclamação (IPe 2.9-10).
Assim Paulo diz que o Espírito Santo "é o penhor da nossa herança", é a prova que temos de que o Senhor levará para a glória cada um que chamou para o evangelho. Se você creu no Senhor, deve descansar na certeza que Ele virá outra vez, para buscar a Sua igreja, que não te deixará para trás! Pois o Espírito Santo que habita em você aponta "para redenção da possessão de Deus". O transformar progressivo que o Espirito opera em sua vida irá se completar com certeza, pois você é propriedade de Deus!
O Espírito Santo, além de nos fazer propriedade do Senhor, é a garantia que temos da consumação da obra da salvação em nós, ou seja, aqueles que foram alcançados pela graça, tendo sido eleitos pelo Pai, resgatados pelo Filho e selados pelo Espírito, não podem perder a salvação. A salvação é uma obra de Deus em nós (Fp 1.6). Novamente, isso não nos leva ao pecado, ao contrário, nos afasta dele. O objetivo da obra do Espírito em nós também é muito claro: “em louvor da sua glória” (Ef 1.14). De novo, a glória de Deus é o alvo e o destaque. E por causa de sua glória que Deus operou poderosamente tão grande salvação.